Quem disse que meu amor também não é furia organizada se enganou
Meu amor sangra as minhas vestes
Meu amor constrói nações
Meu amor pisa descalço na terra e sente o cheiro da semente germinando
Meu amor sabe a hora da colheita
Meu amor grita rebeldia e deseja boca que também sabe gritar
Meu amor escolhe seus silêncios e não pode ser silenciado
Queimo
Me rendo a minha própria violência costurada de quilômetros de umbigo
Quem sabe de onde vem, sempre está atenta a sua colmeia
Ainda que pareça apenas doce
Carrego ferrão e aprendo a usar
04/julho/2020
OAIANA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.