terça-feira, 18 de setembro de 2018

Morada

A casa que hábito se encontra por vezes abandonada
Convidei minha carcaça a rodopiar pra esquecer das paredes inconvenientes e manchadas de falsas palavras e egos inflamados
Ditas por mim e por eles
Talvez eu jamais tenha amado enquanto penetrava silêncios histéricos de homens que não aprenderam a gemer com coração
Sempre desconfiei desses
Nunca me apaixonei por
aqueles que não olhavam minhas retinas nuas
Deixei todos irem,
sem raiva, sem mágoa
Talvez eu tenha amado demais ou
queira sem querer o que nem existe
Querendo me querer com orgasmos incessantementes
dançantes, amalgadores
brilhosos
Como a brecha que escapa da janela semiaberta
Mania de querer inteireza nos detalhes e nas contradições de existir
Minha morada não é estática
Porque nasci para bailar
E no meu balanço só vem
quem tem carinho para dá

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