terça-feira, 17 de outubro de 2017

Não tenho modos para o amor

Não tenho modos para o amor
Definitivamente
Não sei fazer jogos
Quando quero, quero logo
Não sei dosar
Tudo quero misturar
Fragilidades são encantadoras
Como a imensidão do mar
Descobrir, emergir
Redimensionar
Não tenho tempo pra tantos "nãos"
Casa comigo essa noite, segura minha mão
Tá todo mundo cansado
Tem que ser, tem que comprar, tem que pagar
Deixa a corrida pros carros lá fora ecoar
Capitalismo colonizador
Temos hora marcada pra fazer amor
E até pra sentir dor
E quando estamos exaustos de um dia todo de trabalho
Do suor derramado, do tic-tac abominado
Definitivamente
Não tenho modos para o amor
( 5 de setembro, 2017)

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