Quer dividir o mundo comigo
Meu mundo é tão grande e compacto quando acho que o tenho nas mãos
Um oceano liquefeito
Um grão no solado do meu pé depois de andar na areia da praia
Caminhando sobre o sol
Ou já a noite observando lá longe o farol
Dançando sobre os trilhos do trem
Equilibrando na corda bamba da sombra que anda a me perseguir
Sempre a me lembrar do movimento sobre o escuro dessas ruas
E em cada esquina um sorriso amarelo achando que conseguirá
Esconder as outras cores do meu arco e da minha íris
Na promiscuidade da sua vida singela, pacata e falsa não enxergo cores,
amores, nem favores
Enxergo seu mundo quebrado, sensível e acabado
Pro viajante volátil não interessa a divisão, mas a porta aberta para conhecer e observar esse mundo tão estranho.
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